1 / ARQUIVO
1/ ARQUIVO
Arquivos guardam, sistematizam e dispõe material documental, escrito ou audiovisual em formações impressas ou digitais. Compete a eles função similar à de Museus e Bibliotecas. Arquivos guardam [M] MATERIAL visando a utilização futura que estes possam ter, e sistematizam para facilitar o acesso aos materiais que dispõe. Genericamente, um de seus objetivos é proporcionar o contato com [M] MATERIAIS diversos e possibilitar a constituição de novos saberes e o fortalecimento de redes de conhecimento.
O [AE] ARQUIVO DE EMERGÊNCIA é um arquivo independente, de interesse público. A Arquivista o concebeu e é encarregada de gerenciá-lo. O [AE] é aberto para o futuro. O marco temporal dos [M] que o [AE] arquiva são ações realizadas no Brasil inscritas no > CAMPO a partir de meados de 1998 quando se observa não só neste território uma mobilização diferencial na criação e coletivização da ARTE em contato intenso com demais práticas artísticas, comunicativas, criativas e expressivas que constituem uma > ESFERA PÚBLICA. O [AE] existe enquanto reverberarem estas ações na forma observada no > ARGUMENTO. O [AE] é uma forma particular de agenciamento artístico, visto que não é exatamente uma obra de arte.
O [AE] possui um formação [M] MATERIAL e uma porção [CS] CRÍTICO-SITUACIONAL exposta na > PESQUISA. A dimensão [CS] é a parte que cabe ao ARQUIVO no fomento de uma ESFERA PÚBLICA, participando de redes e projetos e promovendo ações como o acompanhamento da produção de grupos e artistas, conversas, entrevistas, encontros, exposições, produções críticas, seminários, entre outros.
O [AE] ARQUIVO DE EMERGÊNCIA é uma situação de > PESQUISA criada para conectar > [E] EVENTOS e > [EST] ESTRATÉGIAS, colocando-se como mais um elemento de articulação entre as práticas artísticas, comunicativas, criativas, expressivas e cooperativas implicadas na dinâmica CAMPO / > COMUM. É uma iniciativa em processo e, portanto, sempre inacabada.
Os [M] MATERIAIS dispostos neste ARQUIVO são ESTABILIZAÇÕES MOMENTÂNEAS em relação a seus referenciais. Tais [M] são [D] DOCUMENTOS, [EN] ENTREVISTAS, [I] IMAGENS, [T] TEXTOS, ou registros sobre acontecimentos inscritos no CAMPO. O ARQUIVO como PESQUISA costura os universos da produção artística e das formas possíveis de documentação, observando criticamente as imbricações entre tais e a capacidade de infringir no desenho de um CAMPO de criação artístico a partir de sistematizações que problematizam esta noção.
A seleção dos [E] EVENTOS e [EST] ESTRATÉGIAS e dos [M] MATERIAIS que integram o ARQUIVO é guiada pelo ARGUMENTO. A seleção é um processo em aberto, resultado da PESQUISA. Para a exposição pública do ARQUIVO desenham-se estratégias de sistematização e compartilhamento, variando de acordo com as situações onde o ARQUIVO é exposto, bem como dos projetos e parcerias dos quais participa, organiza e agencia [CS].
Os [M] MATERIAIS dispostos no ARQUIVO não sofrem qualquer interferência por parte da Arquivista. A Arquivista desenvolve através da PESQUISA a > [FI] FICHA-ÍNDICE de cada [E] e [EST] arquivados e aplica [SE] SELOS DE CONTAMINAÇÃO e SELOS DE DIFERENCIAÇÃO. As classificações propostas pelo [AE], assim como as [FI] podem ser alteradas, revisadas, rasuradas, ou serem excluídas a qualquer momento. Assim como todo o ARQUIVO.
{foto: Archivo de Graciela Carnevale, CCE-Rosario, Argentina, 2008)
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