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Pesquisa Militante

No intuito de ampliar a difusão de algumas pesquisas realizadas em diversos âmbitos, A Arquivista está dando início a um índice de pesquisas acadêmicas ou não, apresentadas na forma de artigos, dissertações e teses. Os assuntos arredores são arte brasileira, práticas artísticas contempoâneas, ativismo, arquivos, memória, arte e relações sociais, arte e política, filosofia política, entre outros.

O conceito de ‘pesquisa militante’ surge de articulações críticas da noção de pesquisa, somada ao princípio de que as ações sociais estão intimamente relacionadas às pesquisas e investigações, neste sentido, não haveria pesquisa sem imediatamente uma cooperação social, por onde decorrem aprendizagens, transformações, conflitos, e muitos outros. O conceito de ‘pesquisa militante’ não necessariamente é aplicado pelos autores dos [T] textos indexados abaixo. A Arquivista aplica o conceito e o sugere como forma metodológica de pesquisa, a partir da pergunta inicial ‘de que forma a pesquisa mobiliza a sociedade?’ Nos modos de uma pesquisa militante, a mesma pode ser realizada por situações relacionais, ou seja, trocas, conversas, entrevistas, debates, leituras coletivas  que instituem que os termos da pesquisa são desenhados colaborativamente e considerando sempre a posição ou lugar de fala do pesquisador que, segundo uma pesquisa militante não pode deixar de ser ele mesmo um ‘pesquisado’.

Os [T] Textos indexados abaixo fazem parte do corpo de textos, resenhas, dissertações e teses indexados ou presentes no Arquivo de emergência.

Sugestões de leitura on line:

ARQUIVO/DESARQUIVO: condições, movimento, monotipia, Cristina T. Ribas [dissertação de mestrado, UERJ, 2008]

Ativismo de Mídia: Arte, política e tecnologias digitais, Henrique Mazetti [dissertação de mestrado, UFRJ, 2008]

Coletivos e iniciativas coletivas, Claudia Paim [tese de doutorado, UFRGS, 2009]

Criação de Arquivos, Luciana Knijnik [dissertação de mestrado, UFF, 2007]

Insurgências Poéticas, André Mesquita [dissertação de mestrado, USP, 2008]

Lugares moles, Jorge Menna Barreto [dissertação de mestrado, USP, 2007]

Troca, soma de esforços, atitude crítica e proposição, Fernanda Albuquerque [dissertação de mestrado, UFRGS, 2006]

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Até o momento cerca de 200 textos estão indexados ao Arquivo, contudo, eles não estão disponíveis por este blog, apenas para consultas diretas ao Arquivo de emergência. Em breve serão listados aqui os textos impressos dispostos pelo Arquivo de emergência para consulta.

[do texto Situação]

[T] TEXTOS

Os TEXTOS são paradigmáticos para os arquivos. Inscrevem o comum com a potência da multiplicação e da dispersão, negando, tangenciando e circunscrevendo colaborativamente o CAMPO ESPECÍFICO. Acontecimentalizam, analisam, conceituam, criticam, historicizam, registram, relatam, teorizam os EVENTOS, as ESTRÁTÉGIAS e quaisquer acontecimentos correlatos não contemplados no ARQUIVO DE EMERGÊNCIA (condição de abertura do CAMPO REPERCUTIVO). Tal como os DOCUMENTOS, os TEXTOS podem ser compreendidos como estabilizações momentâneas. Os TEXTOS arquivados podem estar relacionados diretamente com: EVENTOS e ESTRATÉGIAS; ARGUMENTO do ARQUIVO DE EMERGÊNCIA; reflexões e conceitos de arquivo e memória, de arquivo e política, de arquivo e arte. Eles são também dotados de potência modificante, atuando à sua forma como RUPTURAS, desestabilizando e criando territórios de fala, escuta e repercussão distintos. TEXTOS também inscrevem seus próprios lugares.

Alguns TEXTOS do arquivo são escritos recentes, por parte de agentes-escritores (artistas ou não) localizados no Brasil, alguns já publicados em livros, catálogos e revistas (fotocopiados ou nas fontes originais), em páginas na internet, e outros ainda não publicados que têm lugar inaugural por meio desse arquivo.

Os TEXTOS têm seu próprio lugar no arquivo, exceto quando estão relacionados diretamente a algum EVENTO ou ESTRATÉGIA, situação na qual são deslocados para essas pastas.

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Sobre

Este blog apresenta parte do Arquivo de emergência, uma pesquisa/arquivo desenvolvida entre 2005 e 2010 por A Arquivista e Cristina Ribas. O Arquivo de emergência existe/existiu como arquivo real para documentos produzidos a partir de práticas artísticas, comunicativas, expressivas, realizadas no Brasil a partir de meados dos anos 2000. Nas páginas do blog você encontra artigos de Cristina Ribas e A Arquivista, detalhes sobre o sistema de arquivamento e os conceitos do Arquivo, assim como imagens de exposições e montagens do Arquivo. Parte dos documentos disponíveis no Arquivo de emergência estão agora on line na plataforma Desarquivo.org.

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